Geografia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Ciclos de Inovação Tecnológica II

Ir para baixo

Ciclos de Inovação Tecnológica II Empty Ciclos de Inovação Tecnológica II

Mensagem  Iran Sex Set 04 2009, 10:10

CONTINUAÇÃO II

O Keynesianismo foi a doutrina econômica baseada na concepção de que o Estado deve intervir na economia, com o objetivo de evitar crises, como a de 1929. Essa intervenção pode-se dar por diversas maneiras: controlar o câmbio, estimular as exportações, baixar as taxas de juros para facilitar investimentos produtivos, induzir o crescimento da economia por intermédio do déficit público, etc. A proposta keynesiana contrariava as teses liberais, desenvolvidas durante a Revolução Industrial, em que Adam Smith defendia que as regras do mercado deveriam ser suficientes para organizar a economia.
O governo americano, então investiu pesadamente em setores públicos, que tinham maiores capacidades de geração de empregos, como a construção civil. Aumentaram-se também os salários e permitindo a incorporação da classe trabalhadora ao mercado consumidor.
As Políticas keynesianas no Brasil
No Brasil, durante o Governo Juscelino Kubitschek (1956 – 1961), foi implantado o Plano de Metas, um amplo programa de desenvolvimento que previa altos investimentos estatais em diversos setores da economia. Antes disso, o Governo Vargas já havia posto em prática políticas econômicas keynesianas ao canalizar recursos estatais para estimular a industrialização do país. Os maiores símbolos foram a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Petrobrás e a Companhia do Vale do Rio Doce de Mineração (CVRD).
Tal modelo entrou em crise em meados da década de 1970, período em que a classe trabalhadora conquistou maiores direitos, como maiores salários, direitos de greve, segurança social, etc. A produção fordista-keynesiana entrou em competição com os países recém-industrializados, no mundo subdesenvolvido, principalmente por estes apresentarem mão-de-obra mais barata, impostos mais baixos, matéria-prima abundante e descaso com a produção industrial. Diversos países desenvolvidos apresentaram processos de superinflação, redução da atividade econômica, perda de competitividade, causando a elevação do déficit público e dívida externa. A crise ainda foi agravada com a elevação do preço do barril de petróleo em 1973. Em respostas a crise do fordismo-keynesianismo, as empresas passaram a introduzir equipamentos tecnológicos cada vez mais avançados e novos métodos de produção, como o Toyotismo e a produção flexível. O novo arranjo socioeconômico possibilitou a expansão de novas idéias econômicas, o Neoliberalismo.
A produção flexível e o Neoliberalismo
Como resposta às crises do fordismo, as empresas passaram a introduzir equipamentos tecnológicos e novos métodos de organização da produção, como o Toyotismo, mudando a relação de trabalho e o sistema produtivo. Tal processo ficou conhecido como produção flexível. A revolução tecnológica-científica é em grande parte, resultado do esforço das empresas para aumentar a produtividade e garantir a elevação dos lucros.
A crença de que o Estado poderia amenizar as contradições econômicas e sociais do capitalismo só seria abalada a partir da década de 70, com o resgate do ideário liberal. Os defensores do chamado neoliberalismo passaram a condenar a participação do Estado, sob a alegação de que ele impedia o livre funcionamento das forças do mercado e, em conseqüência, bloqueava o desenvolvimento do capitalismo. Essa idéia começou a tomar força diante do grande descontentamento gerado pelo aumento dos impostos necessários para manter o Estado do bem-estar Social. Os déficits públicos e as dívidas externas dos países ricos demonstravam a necessidade de redução dos gastos governamentais com a assistência social, além de uma reformulação mais ampla das diretrizes econômicas.
Assim, desde os anos 1980 os neoliberais pregavam uma menor participação do Estado na vida econômica e social, a fim de diminuir as dívidas e estimular o desenvolvimento. Para que o mercado possa funcionar livremente, as empresas estatais devem ser privatizadas e o poder de luta dos sindicatos reduzido.
Com o objetivo de combater o fortalecimento do Estado pelas políticas keynesianas, surgiram novas doutrinas econômicas, o Neoliberalismo. Implantada inicialmente no Reino Unido e nos Estados Unidos, foi legitimizado pelos organismos internacionais, como o FMI, OMC (GATT) e o Banco Mundial. Propõem principalmente:
1) Estado mínimo, ou seja, o Estado deve atuar o mínimo possível na economia, de preferência apenas como regulador (fixando taxas de juros, tarifas alfandegárias,...) e não como empresário e mediador das relações de capital-trabalho.
2) Políticas de privatizações das empresas estatais, para reduzir o papel do Estado na economia.
3) Maior abertura econômica, ou seja, menos barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países e blocos econômicos.
Essas medidas visavam facilitar o fluxo de capitais e de mercadorias, os mais importantes do processo de Globalização. O desenvolvimento da produção flexível passou a estabelecer novas prioridades, como a competitividade e a racionalização da produção, cortando os custos e implantando novos processos produtivos, como a terceirização de atividades. Ocorreu também a substituição da linha de produção fordista por equipes de trabalho.
Cada equipe é encarregada de todo o processo produtivo, e isso tende a reduzir significativamente os defeitos de fabricação, pois o controle de qualidade é feito por Círculos de Controle de Qualidade. Outros métodos também foram disseminados pelo Toyotismo, como o processo Just In Time (“no momento certo”). O Just In Time procura estabelecer a sintonia entre a fábrica e seus fornecedores, pressupondo o abastecimento permanente dos insumos (peças, componentes e matérias-primas) no momento certo, eliminando o estoque de mercadorias e produtos. A redução de estoques reduz os custos, porque diminui o volume de capital imobilizado em estoques.
Economia Informacional e Sociedade em Rede
A expressão "revolução técnico-científica-informacional" é muitas vezes empregada para evidenciar que os produtos requerem crescentes investimentos em pesquisa científica e tecnológica ao serem concebidos. São cada vez mais sofisticadas as técnicas exigidas para a fabricação de chips, robôs, satélites, programas de computadores, telefones celulares e mesmo produtos tradicionais, como automóveis, alimentos, calçados ou aparelhos de barbear, por exemplo. A "matéria-prima" necessária para fabricá-los é o conhecimento.

Iran
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos