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Mensagem  Iran Ter Ago 11 2009, 10:58

O Globo

Quase toda gripe é suína



Influenza H1N1 já causa 67% dos casos, mas a grande maioria não é grave

A gripe suína já deixou de ser a exceção no país para se tornar a regra. Dados do Ministério da Saúde divulgados na última semana mostram que 67% dos casos de influenza registrados de abril a agosto são do tipo A (H1N1).

Especialistas garantem, entretanto, que não há motivo para pânico, nem mesmo para alterações drásticas de rotina. Embora os primeiros números revelem uma taxa de letalidade mais alta do que a da gripe sazonal, a grande maioria dos casos registrados é branda. Enquanto a vacina não vem, deve predominar o bom senso. A cepa é bastante transmissível e já está predominando na síndrome gripal sem maiores complicações - afirma a médica Regina Barbosa Moreira, do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFRJ. - Ela também é predominante entre os casos graves. Estudo divulgado na quinta-feira passada pelo Centro de Biossegurança da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, revelou que medidas adotadas em vários países, inclusive no Brasil - como fechamento de escolas e restrições a locais públicos de aglomeração, como cinemas - pouca eficácia têm na prevenção da disseminação da doença. Essas medidas freiam um pouco a epidemia na medida em que todos os lugares de aglomeração são fechados - sustentou Regina. - Mas não significa que não haverá disseminação na hora em que tudo for aberto novamente. Porque é claro que não dá para ficar sem escola por muito tempo, e as pessoas tendem a retomar suas atividades normais. E, se isso fosse capaz de impedir epidemia, teria resolvido o problema no México e nos Estados Unidos. Então, a conclusão é que a gripe já está aqui e devemos lidar com ela da mesma forma com que lidamos com a sazonal. De acordo com os infectologistas da Unicamp Francisco Aoki e Rodrigo Nogueira Angerami, medidas individuais são eficazes. Para Regina, quem apresentar sintomas de gripe deve ficar por sete dias sem ir ao trabalho ou à escola. Medidas de isolamento, de reclusão na própria casa, colaboram sim, sem dúvida nenhuma - afirmaram os especialistas. - Assim como lavar frequentemente as mãos, usar álcool. O último boletim do Ministério da Saúde, revela que, desde 25 de abril (quando a epidemia chegou ao país), foram registrados 17.277 casos de pessoas com sintomas aparentemente gripais. Do total, 2.959 foram confirmados como influenza A (H1N1), 1.424 como gripe sazonal e os demais como outras doenças. Estes números mostram que, entre as gripes, a suína é totalmente dominante, mas que outros problemas respiratórios são mais frequentes no país. O boletim do ministério revela também que, do total de pessoas infectadas pelo novo vírus, a grande maioria (71,5%) apresentou sintomas leves. Do ponto de vista clínico, na grande maioria dos casos, os sintomas são muitos semelhantes ao da gripe comum, da influenza sazonal, típica desta época de frio de inverno - explicaram Aoki e Angerami.

Letalidade inicial é alta, mas faltam estudos

Dentre os 844 (28,5%) que apresentaram sintomas graves da gripe suína, 96 morreram. Embora o número seja considerado alto (na gripe sazonal são apenas 4 óbitos por mil casos), especialistas dizem que ainda é cedo para se chegar a maiores conclusões. Os infectologistas estimam que uma boa parte das pessoas que apresentam sintomas de gripe não procura os serviços de saúde. Além disso, há aquelas que são assintomáticas: elas contraem o vírus, eventualmente o transmitem, mas não adoecem. Por conta disso, ainda é muito difícil de se estabelecer a real letalidade e a virulência da gripe. Aparentemente, a nova gripe está matando mais do que a outra, mas só um estudo epidemiológico mais apurado, com uma amostra significativa da população, pode confirmar isso. Nessa fase inicial a epidemia é muito instável - afirmou Regina. - Por exemplo, logo que a gripe surgiu, ninguém poderia dizer que as mais afetadas seriam as grávidas. Elas sempre foram um grupo de risco, mas só agora se está vendo que apresentam um fator de risco muito importante para esta gripe. Então, o que vai acontecer, o que é mais eficaz, o que é menos eficaz, só o tempo dirá. O infectologista Edimilson Migowski, da UFRJ, crítica medida do Ministério da Saúde de só indicar o remédio, no caso o Tamiflu, para pessoas de risco alto para infecção ou que apresentem sintomas graves com menos de 48 horas. É improvável que apareçam com queixas graves em menos de dois dias. Os médicos, sem treinamento e em más condições de trabalho, terão de decidir quem receberá a droga - diz. Vários óbitos ocorreram em pacientes que não tinham risco adicional e não estavam inicialmente graves. Segundo Migowski, o Ministério da Saúde diz que as crianças com menos de 2 anos de idade são de alto risco no caso de gripe. Ainda assim, o Brasil não seguiu os passos do governo americano, autorizando, em caráter emergencial, o uso da droga oseltamivir antes de um 1 ano de idade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou na quintafeira que a previsão é de que uma vacina esteja disponível já em setembro, bem a tempo do início do inverno no Hemisfério Norte, época em que a gripe deve recrudescer por lá. A estimativa é de que a vacina chegue por aqui em dezembro.

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