Ciclos de Inovação Tecnológica II
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Ciclos de Inovação Tecnológica II
CONTINUAÇÃO II
O Keynesianismo foi a doutrina econômica baseada na concepção de que o Estado deve intervir na economia, com o objetivo de evitar crises, como a de 1929. Essa intervenção pode-se dar por diversas maneiras: controlar o câmbio, estimular as exportações, baixar as taxas de juros para facilitar investimentos produtivos, induzir o crescimento da economia por intermédio do déficit público, etc. A proposta keynesiana contrariava as teses liberais, desenvolvidas durante a Revolução Industrial, em que Adam Smith defendia que as regras do mercado deveriam ser suficientes para organizar a economia.
O governo americano, então investiu pesadamente em setores públicos, que tinham maiores capacidades de geração de empregos, como a construção civil. Aumentaram-se também os salários e permitindo a incorporação da classe trabalhadora ao mercado consumidor.
As Políticas keynesianas no Brasil
No Brasil, durante o Governo Juscelino Kubitschek (1956 – 1961), foi implantado o Plano de Metas, um amplo programa de desenvolvimento que previa altos investimentos estatais em diversos setores da economia. Antes disso, o Governo Vargas já havia posto em prática políticas econômicas keynesianas ao canalizar recursos estatais para estimular a industrialização do país. Os maiores símbolos foram a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Petrobrás e a Companhia do Vale do Rio Doce de Mineração (CVRD).
Tal modelo entrou em crise em meados da década de 1970, período em que a classe trabalhadora conquistou maiores direitos, como maiores salários, direitos de greve, segurança social, etc. A produção fordista-keynesiana entrou em competição com os países recém-industrializados, no mundo subdesenvolvido, principalmente por estes apresentarem mão-de-obra mais barata, impostos mais baixos, matéria-prima abundante e descaso com a produção industrial. Diversos países desenvolvidos apresentaram processos de superinflação, redução da atividade econômica, perda de competitividade, causando a elevação do déficit público e dívida externa. A crise ainda foi agravada com a elevação do preço do barril de petróleo em 1973. Em respostas a crise do fordismo-keynesianismo, as empresas passaram a introduzir equipamentos tecnológicos cada vez mais avançados e novos métodos de produção, como o Toyotismo e a produção flexível. O novo arranjo socioeconômico possibilitou a expansão de novas idéias econômicas, o Neoliberalismo.
A produção flexível e o Neoliberalismo
Como resposta às crises do fordismo, as empresas passaram a introduzir equipamentos tecnológicos e novos métodos de organização da produção, como o Toyotismo, mudando a relação de trabalho e o sistema produtivo. Tal processo ficou conhecido como produção flexível. A revolução tecnológica-científica é em grande parte, resultado do esforço das empresas para aumentar a produtividade e garantir a elevação dos lucros.
A crença de que o Estado poderia amenizar as contradições econômicas e sociais do capitalismo só seria abalada a partir da década de 70, com o resgate do ideário liberal. Os defensores do chamado neoliberalismo passaram a condenar a participação do Estado, sob a alegação de que ele impedia o livre funcionamento das forças do mercado e, em conseqüência, bloqueava o desenvolvimento do capitalismo. Essa idéia começou a tomar força diante do grande descontentamento gerado pelo aumento dos impostos necessários para manter o Estado do bem-estar Social. Os déficits públicos e as dívidas externas dos países ricos demonstravam a necessidade de redução dos gastos governamentais com a assistência social, além de uma reformulação mais ampla das diretrizes econômicas.
Assim, desde os anos 1980 os neoliberais pregavam uma menor participação do Estado na vida econômica e social, a fim de diminuir as dívidas e estimular o desenvolvimento. Para que o mercado possa funcionar livremente, as empresas estatais devem ser privatizadas e o poder de luta dos sindicatos reduzido.
Com o objetivo de combater o fortalecimento do Estado pelas políticas keynesianas, surgiram novas doutrinas econômicas, o Neoliberalismo. Implantada inicialmente no Reino Unido e nos Estados Unidos, foi legitimizado pelos organismos internacionais, como o FMI, OMC (GATT) e o Banco Mundial. Propõem principalmente:
1) Estado mínimo, ou seja, o Estado deve atuar o mínimo possível na economia, de preferência apenas como regulador (fixando taxas de juros, tarifas alfandegárias,...) e não como empresário e mediador das relações de capital-trabalho.
2) Políticas de privatizações das empresas estatais, para reduzir o papel do Estado na economia.
3) Maior abertura econômica, ou seja, menos barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países e blocos econômicos.
Essas medidas visavam facilitar o fluxo de capitais e de mercadorias, os mais importantes do processo de Globalização. O desenvolvimento da produção flexível passou a estabelecer novas prioridades, como a competitividade e a racionalização da produção, cortando os custos e implantando novos processos produtivos, como a terceirização de atividades. Ocorreu também a substituição da linha de produção fordista por equipes de trabalho.
Cada equipe é encarregada de todo o processo produtivo, e isso tende a reduzir significativamente os defeitos de fabricação, pois o controle de qualidade é feito por Círculos de Controle de Qualidade. Outros métodos também foram disseminados pelo Toyotismo, como o processo Just In Time (“no momento certo”). O Just In Time procura estabelecer a sintonia entre a fábrica e seus fornecedores, pressupondo o abastecimento permanente dos insumos (peças, componentes e matérias-primas) no momento certo, eliminando o estoque de mercadorias e produtos. A redução de estoques reduz os custos, porque diminui o volume de capital imobilizado em estoques.
Economia Informacional e Sociedade em Rede
A expressão "revolução técnico-científica-informacional" é muitas vezes empregada para evidenciar que os produtos requerem crescentes investimentos em pesquisa científica e tecnológica ao serem concebidos. São cada vez mais sofisticadas as técnicas exigidas para a fabricação de chips, robôs, satélites, programas de computadores, telefones celulares e mesmo produtos tradicionais, como automóveis, alimentos, calçados ou aparelhos de barbear, por exemplo. A "matéria-prima" necessária para fabricá-los é o conhecimento.
O Keynesianismo foi a doutrina econômica baseada na concepção de que o Estado deve intervir na economia, com o objetivo de evitar crises, como a de 1929. Essa intervenção pode-se dar por diversas maneiras: controlar o câmbio, estimular as exportações, baixar as taxas de juros para facilitar investimentos produtivos, induzir o crescimento da economia por intermédio do déficit público, etc. A proposta keynesiana contrariava as teses liberais, desenvolvidas durante a Revolução Industrial, em que Adam Smith defendia que as regras do mercado deveriam ser suficientes para organizar a economia.
O governo americano, então investiu pesadamente em setores públicos, que tinham maiores capacidades de geração de empregos, como a construção civil. Aumentaram-se também os salários e permitindo a incorporação da classe trabalhadora ao mercado consumidor.
As Políticas keynesianas no Brasil
No Brasil, durante o Governo Juscelino Kubitschek (1956 – 1961), foi implantado o Plano de Metas, um amplo programa de desenvolvimento que previa altos investimentos estatais em diversos setores da economia. Antes disso, o Governo Vargas já havia posto em prática políticas econômicas keynesianas ao canalizar recursos estatais para estimular a industrialização do país. Os maiores símbolos foram a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Petrobrás e a Companhia do Vale do Rio Doce de Mineração (CVRD).
Tal modelo entrou em crise em meados da década de 1970, período em que a classe trabalhadora conquistou maiores direitos, como maiores salários, direitos de greve, segurança social, etc. A produção fordista-keynesiana entrou em competição com os países recém-industrializados, no mundo subdesenvolvido, principalmente por estes apresentarem mão-de-obra mais barata, impostos mais baixos, matéria-prima abundante e descaso com a produção industrial. Diversos países desenvolvidos apresentaram processos de superinflação, redução da atividade econômica, perda de competitividade, causando a elevação do déficit público e dívida externa. A crise ainda foi agravada com a elevação do preço do barril de petróleo em 1973. Em respostas a crise do fordismo-keynesianismo, as empresas passaram a introduzir equipamentos tecnológicos cada vez mais avançados e novos métodos de produção, como o Toyotismo e a produção flexível. O novo arranjo socioeconômico possibilitou a expansão de novas idéias econômicas, o Neoliberalismo.
A produção flexível e o Neoliberalismo
Como resposta às crises do fordismo, as empresas passaram a introduzir equipamentos tecnológicos e novos métodos de organização da produção, como o Toyotismo, mudando a relação de trabalho e o sistema produtivo. Tal processo ficou conhecido como produção flexível. A revolução tecnológica-científica é em grande parte, resultado do esforço das empresas para aumentar a produtividade e garantir a elevação dos lucros.
A crença de que o Estado poderia amenizar as contradições econômicas e sociais do capitalismo só seria abalada a partir da década de 70, com o resgate do ideário liberal. Os defensores do chamado neoliberalismo passaram a condenar a participação do Estado, sob a alegação de que ele impedia o livre funcionamento das forças do mercado e, em conseqüência, bloqueava o desenvolvimento do capitalismo. Essa idéia começou a tomar força diante do grande descontentamento gerado pelo aumento dos impostos necessários para manter o Estado do bem-estar Social. Os déficits públicos e as dívidas externas dos países ricos demonstravam a necessidade de redução dos gastos governamentais com a assistência social, além de uma reformulação mais ampla das diretrizes econômicas.
Assim, desde os anos 1980 os neoliberais pregavam uma menor participação do Estado na vida econômica e social, a fim de diminuir as dívidas e estimular o desenvolvimento. Para que o mercado possa funcionar livremente, as empresas estatais devem ser privatizadas e o poder de luta dos sindicatos reduzido.
Com o objetivo de combater o fortalecimento do Estado pelas políticas keynesianas, surgiram novas doutrinas econômicas, o Neoliberalismo. Implantada inicialmente no Reino Unido e nos Estados Unidos, foi legitimizado pelos organismos internacionais, como o FMI, OMC (GATT) e o Banco Mundial. Propõem principalmente:
1) Estado mínimo, ou seja, o Estado deve atuar o mínimo possível na economia, de preferência apenas como regulador (fixando taxas de juros, tarifas alfandegárias,...) e não como empresário e mediador das relações de capital-trabalho.
2) Políticas de privatizações das empresas estatais, para reduzir o papel do Estado na economia.
3) Maior abertura econômica, ou seja, menos barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países e blocos econômicos.
Essas medidas visavam facilitar o fluxo de capitais e de mercadorias, os mais importantes do processo de Globalização. O desenvolvimento da produção flexível passou a estabelecer novas prioridades, como a competitividade e a racionalização da produção, cortando os custos e implantando novos processos produtivos, como a terceirização de atividades. Ocorreu também a substituição da linha de produção fordista por equipes de trabalho.
Cada equipe é encarregada de todo o processo produtivo, e isso tende a reduzir significativamente os defeitos de fabricação, pois o controle de qualidade é feito por Círculos de Controle de Qualidade. Outros métodos também foram disseminados pelo Toyotismo, como o processo Just In Time (“no momento certo”). O Just In Time procura estabelecer a sintonia entre a fábrica e seus fornecedores, pressupondo o abastecimento permanente dos insumos (peças, componentes e matérias-primas) no momento certo, eliminando o estoque de mercadorias e produtos. A redução de estoques reduz os custos, porque diminui o volume de capital imobilizado em estoques.
Economia Informacional e Sociedade em Rede
A expressão "revolução técnico-científica-informacional" é muitas vezes empregada para evidenciar que os produtos requerem crescentes investimentos em pesquisa científica e tecnológica ao serem concebidos. São cada vez mais sofisticadas as técnicas exigidas para a fabricação de chips, robôs, satélites, programas de computadores, telefones celulares e mesmo produtos tradicionais, como automóveis, alimentos, calçados ou aparelhos de barbear, por exemplo. A "matéria-prima" necessária para fabricá-los é o conhecimento.
Iran- Convidado
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